A esteatose hepática caracteriza-se por acúmulo de gordura no fígado. Chamado também de “fígado gorduroso” a esteatose chamou a atenção dos médicos no final da década de 1980 quando coincidiu com uma epidemia de obesidade nos Estados Unidos.
Nosso fígado possui normalmente pequenas quantidades de gordura, porém, quando esta ultrapassa 10% do peso hepático, estamos diante de um quadro de esteatose. A esteatose no seu início, chamada de esteatose hepática leve, normalmente não causa sintomas ou complicações. Quanto mais prolongado e maior acúmulo de gordura , maiores sim são os riscos de uma lesão hepática. Essa gordura do fígado, em excesso e por muito tempo, pode acarretar em danos nas células do fígado, ficando inflamadas.
Quando o fígado chega nesse estágio, chamamos de esteato-hepatite ou hepatite gordurosa. Nesse caso, se não tratado pode evoluir para cirrose.
A esteatose hepática é um estágio anterior ao desenvolvimento da esteato-hepatite. As causas desses dois tipos de esteatose são o consumo de bebidas alcoólicas e a obesidade ou sobrepeso. Mais de 70% dos pacientes com esteatose são obesos. Quanto maior o sobrepeso, maior o risco. Outros fatores de risco para o desenvolvimento de gordura no fígado são a diabetes tipo 2, a resistência a insulina e o colesterol elevado.
A esteatose é mais comum em mulheres e, pode também aparecer em pessoas magras e com baixa ingestão de álcool, em proporções menores. Tanto a esteatose hepática como a esteato-hepatite não causam sintomas (são assintomáticas) em fases iniciais e normalmente são descobertas acidentalmente em exames de ultrassonografia ou tomografias.